O escritório de notícias e pesquisas que administro desde 1987 concentra-se na UNRWA, com a esperança de que os 5,3 milhões de descendentes de refugiados árabes de 1948, que se beneficiam dos serviços da UNRWA em 59 campos de refugiados, um dia cheguem a uma solução humanitária apropriada para sua situação. (Apenas cerca de 20.000 dos refugiados de 1948 ainda estão vivos, mas seus descendentes ainda se referem a si mesmos como “refugiados”, mesmo três ou quatro gerações depois.)
Em um desenvolvimento positivo, os países doadores da UNRWA se reunirão em Bruxelas na próxima semana. Os doadores da UNRWA, trabalharão em conjunto, assim podendo desempenhar um papel construtivo no fornecimento dos melhores serviços possíveis à população palestina que se autodenomina refugiada.
Visto que a conferência internacional de doadores planeja lidar com todas as políticas da UNRWA, gostaríamos de saber se essas nações têm as seguintes seis questões de política da UNRWA na mesa:
- Os doadores insistirão que o currículo da UNRWA, que incorpora os princípios da Jihad (guerra santa), martírio e “direito de retorno” através da violência, seja cancelado nas escolas da ONU, que supostamente promovem o slogan da UNRWA de “A paz começa aqui”?
- Os doadores insistirão para que o treinamento paramilitar cesse em todas as escolas da UNRWA, o que deve demonstrar compromisso com os princípios da ONU para a “educação para a paz”?
- Os doadores insistirão para que a UNRWA demita funcionários afiliados ao Hamas, de acordo com as leis dos países ocidentais, que proíbem a ajuda a qualquer agência que emprega membros de uma organização terrorista?
- Os doadores insistirão para que a UNRWA cancele seu contrato com o “embaixador da juventude” Mohammad Assaf, que viaja pelo mundo incentivando a violência? Não seria este o momento apropriado para as nações doadoras pedirem que a UNRWA cancele o contrato com um precursor de guerra?
- Os doadores insistirão em uma auditoria dos fundos dos doadores que vão para a UNRWA? Essa demanda atenderia a relatórios amplamente documentados de desperdício de recursos, duplicação de serviços e fluxo indesejado de dinheiro para grupos terroristas baseados em Gaza, que ganharam controle sobre as operações da UNRWA em Gaza nos últimos 18 anos?
- Os doadores insistirão para que a UNRWA introduza os padrões do ACNUR para fazer avançar o reassentamento dos “refugiados” árabes, depois de mais de 70 anos? A política atual da UNRWA é que o reassentamento de “refugiados” interferiria com o chamado “direito de retorno” às aldeias árabes que existiam antes de 1948, um eufemismo para invadir Israel.
Tradução: Fábio Schuchmann