A nomeação do diplomata Phillipe Lazzarini como o novo chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras é uma janela de oportunidades as nações doadoras, que supervisionam a política da UNRWA.

A nomeação do diplomata suíço Phillipe Lazzarini como o novo chefe da Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas é uma janela de oportunidade para as nações doadoras, que supervisionam a política da UNRWA, exigirem uma reforma da agência. Isso é especialmente verdadeiro em relação às suas escolas, que nos últimos 20 anos têm utilizado o currículo da Autoridade Palestina para doutrinar crianças arabes palestinas a conquistar toda a Palestina pela força das armas, uma meta dificilmente apropriada para uma agência da ONU.

Aqui estão 15 desafios políticos que o novo comissário da UNRWA terá de enfrentar agora.

1.Livros didáticos da UNRWA que não correspondem aos valores da ONU sobre reconciliação pacífica. A agência lançou um novo livro escolar que apresenta Dalal el Mugrabi, cujo esquadrão terrorista confiscou um ônibus e matou 38 passageiros, incluindo 13 crianças- como um modelo aos alunos da UNRWA. No novo texto da UNRWA, Dalal é retratada em trajes de terror, seguido por um plano de aula que apresenta a história de sua vida para adulação e omulação. Em outro novo texto, os alunos da UNRWA são ensinados a entoar e cantar um poema que incentiva crianças a ´´exterminar os usurpadores´´, após o retorno dos árabes ao controle da Palestina. O novo comissário pode confiscar esses livros didáticos.

  1. Contratos da UNRWA para uso exclusivo de livros escolares da Autoridade Palestina na Judéia, Samaria, Jerusalém e Gaza. Como todas as agências da ONU, a UNRWA deve administrar escolas como base no slogan da ONU ´´ A paz começa aqui´´. A educação da AP, no entanto, dirige escolas como base na ideologia da Organização para a Libertação da Palestina: Conquista da Palestina pela força das armas. O novo comissário pode cancelar o contrato UNRWA-AP.
  2. As escolas da UNRWA são adornadas com autos e murais de ´´mártires´´ que morreram enquanto assassinavam judeus. O novo comissário da UNRWA pode ordenar a remoção de todas as imagens violentas nas instalações da agência.

4.Os clubes de jovens El Kutla nas escolas da UNRWA inspiram os alunos com o mantra da luta armada desde a mais idade mais nova. O novo comissário da UNRWA pode ordenar que os clubes de El Kutla parem e desistam incitamento a violência.

  1. Desfiles militares frequentam as instalações da UNRWA. O novo comissário pode ordenar o fim dos desfiles militares em qualquer instalação da UNRWA.

6.Grupos terroristas do Hamas apresentam candidatos para liderar os sindicatos de professores e trabalhadores da agência. O novo comissário da UNRWA pode exigir que qualquer funcionário da agência que funcione com ´´ etiqueta do Hamas´´ seja excluído da folha de pagamento. Até a ONU define o Hamas como uma organização terrorista.

7.Os eventos da Nakba estão programados novamente para o dia 15 de maio, data na qual a OLP lamenta a derrota dos exércitos árabes que invadiram Israel em 1948. Essas manifestações pedem violência. O novo comissário da UNRWA pode emitir uma nova direitiva para abster-se de qualquer apelo à violência nas cerimonias de Nakba nas instalações da UNRWA.

8.O popular cantor de Gaza, Mohammad Assaf, alegando ser o ´´ Embaixador jovem da UNRWA´´ leva as multidões à violência. O novo comissário da UNRWA pode emitir uma declaração política de que a agência se desassocia de Assaf e de sua mensagem.

  1. Eventos memoriais para árabes mortos em ato de assassinato ocorrem nas escolas da UNRWA. O novo comissário da UNRWA pode cancelar estas cerimônias.

10.Transparência fiscal. Com um fluxo de $1.2 bilhão em doações de 67 nações e 32 ONGs, muitas das quais chegam em dinheiro, o novo comissário da UNRWA deve garantir que todos os fundos e equipamentos sejam utilizados para necessidades humanitárias e não roubados, transferidos para mãos de grupos terroristas ou vendidos no mercado aberto. Chegou a hora de um novo comissário da UNRWA acabar com os pagamentos em dinheiro, o que torna a transparência dos doadores quase impossível.

11.Exportação de textos escolares da UNRWA. Usando a bolsa diplomática de nações doadoras, a agência exporta livros escolares promovendo o “direito de retorno” e a substituição de Israel pela “Palestina”. O novo comissário da UNRWA pode acabar com isso.

  1. Ofuscação da situação financeira da UNRWA. Após o corte do financiamento dos EUA de $ 365 milhões em agosto de 2018, a agência anunciou que todo o financiamento dos EUA foi substituído por aumento de fundos da Alemanha, Reino Unido, Arábia Saudita, Catar e Noruega. Desde o corte nos EUA, entretanto, a UNRWA emite declarações que atribuem suas dificuldades financeiras ao corte nos EUA. Em nenhum momento a UNRWA especificou como gasta seu orçamento. O novo comissário poderia publicar imediatamente uma contabilidade de despesas.
  2. Não reconhecimento de Israel no mapa. A UNRWA distribui mapas mundiais e regionais que obliteram Israel e substituem todas as localizações israelenses por nomes árabes. Israel, um membro da ONU em boas condições, não deveria aparecer em um mapa emitido por uma agência da ONU? O novo comissário da UNRWA agora pode assumir a responsabilidade de garantir que todos os mapas mostrem Israel.
  3. Notícias falsas: Judeus causam COVID-19. Nos últimos meses, as fontes oficiais da AP inundaram o domínio público com declarações de que Israel espalha o COVID-19. O novo comissário da UNRWA pode garantir que o pessoal da AP que domina a folha de pagamento da agência nunca faça tal declaração.
  4. Acampamentos de verão para treinamento de armas. Nos últimos vinte anos, milhares de alunos da UNRWA com idades entre 9 e 16 anos participaram de acampamentos de verão que oferecem treinamento com armas reais. Com o verão se aproximando, o novo comissário da UNRWA pode agir para reduzir o treinamento de “crianças soldados” com armas, o que vai contra as resoluções da ONU que protegem a saúde e o bem-estar das crianças.

O escritor é chefe da Agência de Notícias de Recursos de Israel no Centro de Pesquisa de Políticas do Oriente Próximo, localizado em Beit Agron, em Jerusalém. Ele fornece cobertura de notícias da UNRWA desde dezembro de 1987, auxiliado por uma equipe de jornalistas judeus e árabes. O CNEPR produziu 24 curtas-metragens rodados em locações, junto com dois livros e centenas de reportagens.